A história se passa na cidade de Split, que ficou marcada por um assassinato terrível. Era um jovem modelo de 25 anos que foi encontrado morto com um sinal enigmático no peito.
Phoenix era muito conhecido, ainda mais por ser modelo, ele tinha uma certa fama na faculdade, porque era um aluno aplicado e também prestativo. Foi no seu curso de gastronomia que ele conheceu o Sova.
Sova era um jovem arqueiro profissional, que participou de várias olimpíadas e ganhou vários títulos na sua carreira. A amizade dos dois começou quando Sova começou a cursar gastronomia, assim como Phoenix.
Depois de um tempo, os dois eram as pessoas com as melhores notas da faculdade e isso começou a causar inveja em certos alunos. Como os dois já eram conhecidos pelos respectivos trabalhos, passaram a ser ainda mais notados quando começaram a apresentar várias habilidades na cozinha da escola. O foco estava somente nos dois e não se falava em outra coisa a não ser nas habilidades que ambos tinham. Foi então que um dia depois da aula, Sova e Phoenix decidiram ir a festa de um velho amigo do Sova, o Omen.
Omen era uma pessoa enigmática, tinha habilidade de se teletransportar, se comunicar com fantasmas e assustava pelo seu jeito sombrio. Mas Omen era uma pessoa boa, sempre parceiro e divertia todo mundo nas festas que frequentava com o Sova.
Naquela noite, os dois chegaram às 22:00 e Omen foi o que os recebeu. A festa era para comemorar a maior conquista dele, a promoção de investigador na SPIKE. Spike é um dos centros com os investigadores mais famosos de Split, onde eles solucionaram casos de crimes jamais vistos e Omen estava entre os destaques do time de profissionais. Ao recepcionar os amigos, Omen quis conversar um pouco com Sova a respeito do curso dele, como tudo estava indo e quais eram os planos dele depois da faculdade.
Nisso, Phoenix decidiu se misturar com o pessoal na festa e foi pra pista de dança. Foi aí que alguém ligou para o Phoenix e ele saiu pelo fundo do salão para atender, pois estava muito barulho lá dentro. Foi então que uma voz falou: “Você sempre teve uma vida de sucesso, agora é a minha vez”. Phoenix insistia em saber quem era e a pessoa não respondeu. Sendo assim, ele decidiu ignorar e voltou ao salão, mas ao se aproximar da porta, levou dois tiros a queima roupa. Phoenix morreu na hora.
Se passaram alguns minutos desde o acontecido e Sova e Omen notaram que Phoenix não estava no salão. Decidiram então procurar por ele. Depois de muito tempo procurando, decidiram perguntar para alguns convidados se eles tinham o visto por ali e uma mulher notou que ele tinha ido para fora do salão. Omen e Sova foram para fora e tiveram uma terrível surpresa: Phoenix estava morto com uma arma na mão, supondo um possível suícidio, porém com uma marca enigmática no seu peito.
Sova ficou desesperado ao ver um dos melhores amigos morto de uma forma cruel. Omen ligou para uma ambulância, porém Phoenix já estava sem vida. A festa se encerrou por ali mesmo, todos ficaram pasmos e assustados com o ocorrido. Omen avisou a família de Phoenix e tentou tranquilizar o amigo que estava muito abalado.
No dia seguinte, o enterro de Phoenix foi marcado por muitas homenagens e apoio a família. Omen e Sova estavam presentes e também deixaram suas homenagens. Eles deixaram um pôster dele no túmulo, lembrando o homem bom que era Phoenix. Depois do acontecido, Sova decidiu conversar com Omen sobre o que viram na noite passada. Sova disse:
– A pessoa que matou Phoenix sabia de tudo sobre ele, sobre o que ele iria fazer na noite da festa e planejou tudo para a execução do crime e também para fazer parecer com que Phoenix tivesse se suicidado.
Omen concordou com o amigo e disse que faria de tudo para ajudar a encontrar o assassino. Como ele já tinha uma boa experiência na área investigativa, decidiu começar com os acontecimentos da última noite.
Em seu escritório, Omen começou a analisar as fotos que tirou da marca que estava no peito de Phoenix, do pó que ele coletou e também da arma que foi usada no crime. A marca era muito enigmática, pois tinha uma coloração rosada, mas não era tinta e sim algo natural. Ela estava ao redor dos tiros que ele levou e isso indicava algum simbolo que Omen não conseguia entender. O assassino foi frio e calculista. Ele sabia que não era possível que ninguém o visse, porque estava muito alto o som no lugar e todas as pessoas estavam muito ocupadas para prestar atenção em alguém que não estava mais no salão. Além da marca, ele também analisou a arma usada que foi colocada na mão de Phoenix: uma pistola com silenciador.
Omen decidiu ligar para Sova e fazer algumas perguntas ao amigo. Omen disse:
– Sova, você notou algo diferente nos últimos dias na faculdade ou no seu tempo com Phoenix?
Sova tentou buscar na memória alguma coisa que poderia indicar algo ruim para a vida de Phoenix e ele somente se lembrou de uma conversa que ele teve com o amigo, dias antes do crime.
– Omen, lembrei que conversei com Phoenix dias antes desse ocorrido e ele me disse que havia muitas pessoas na faculdade que não estavam gostando da nossa fama, mas nem levei a sério, porque não achava que isso pudesse influenciar na nossa carreira e muito menos levar ao cometimento de um crime. Então Omen disse:
– Esse grupo de pessoas normalmente tratavam vocês de maneira diferente ou não?
– Não, mas também não faziam questão de se juntar conosco nos trabalhos da faculdade, era uma divisão muito grande e Phoenix e eu estavamos sempre dispostos a fazer os trabalhos juntos e no fim nem davamos a mínima para isso.
Após essas informações, Omen terminou a conversa com o amigo e decidiu anotar as informações que na visão de Sova não tinha sentido, mas na dele era uma das peças para completar o quebra-cabeça. Omen tinha a arma usada, sabia que existiam pessoas que não gostavam de ambos e também tinha a foto da marca enigmática no peito de phoenix.
No dia seguinte, Sova ligou para o escritório de Omen para convidar o amigo para um café e conversar um pouco do acontecido e também pedir ajuda ao amigo, porque ele também se sentia ameaçado. Ambos se encontraram numa cafeteria e começaram a conversar sobre os medos de Sova depois do crime e também sobre mais detalhes do que ele conhecia sobre o Phoenix.
Foi então, que ambos decidiram ir até a casa dos pais de Phoenix para saber se existiam mais pessoas que poderiam ter inveja da carreira dele. A mãe dele contou sobre as ex-namoradas que ele teve, que duas tinham muito ciúmes e eram possessivas. Omen por sua vez, questionou se alguma delas tinha comportamentos agressivos, mas ela não sabia ao certo. Sova questionou sobre o celular de Phoenix. No dia do crime, o celular foi entregue aos seus pais e com isso, ele poderia carregar informações sobre os relacionamentos passados. Foi aí que a mãe dele entregou o celular para Omen e ele decidiu verificar se havia algo importante que ajudasse na sua investigação.
No escritório, Sova e Omen estavam analisando as mensagens dele, mas ao vê-las, percebeu que não existiam mensagens antigas e somente de duas semanas atrás. Como Omen não tinha tanto conhecimento nessa àrea, decidiu pedir ajuda à um famoso caçador de informações marroquino, o Cypher. Cypher era um homem que tem o poder dos dados nas mãos, ele podia vigiar qualquer pessoa na internet e colher informações preciosas para quem precisasse delas. Uma espécie de mercenário.
Em uma ligação, Omen explicou o caso para Cypher que decidiu ir até seu escritório para analisar os fatos. Chegando lá, Cypher foi recepcionado por Sova e Omen.
– Seja bem vindo Cypher e obrigado por nos ajudar, disse Omen.
Cypher agradeceu e foi direto ao ponto: – Onde está o celular do Phoenix?
Omen o entregou e Cypher plugou em seu laptop e começou a fazer uma pesquisa no sistema para buscar as informações que Omen não conseguiu checar.
– Então Cypher, conseguiu algo que nos leve ao criminoso? disse Omen.
Cypher por sua vez continuava quieto, mas muito concentrado, foi então que ele conseguiu informações sobre as duas ex namoradas de Phoenix.
– Consegui informações que vai ser a peça chave do nosso quebra cabeça! Aqui estão conversas de ambas. Uma delas era somente uma mulher ciumenta mas inofensiva e a outra fazia parte de uma seita e sumiu dias depois de terminar com o Phoenix, disse cypher.
Foi aí que Cypher decidiu juntar todas as informações com o Omen e procurar a tal ex namorada. As informações colhidas por eles eram que a mulher fazia parte de uma seita maligna, o assassino deixou um pó rosado nos tiros que deu em Phoenix e a arma era com um silenciador.
Os três entraram no carro e decidiram ir até o local onde Cypher conseguiu as informações. Chegando lá, era uma casa na cidade vizinha, Bind. Era uma região afastada e muito deserta, porém a casa estava vazia e muito escura. Lá eles encontraram velas vermelhas e roupas de diferentes estilos, como se fossem disfarces. Olhando ainda mais, Sova encontrou num móvel velho, uma carta do Phoenix para ela, onde dizia:
Eu te amei como jamais amei ninguém, mas não posso deixar esse amor virar uma tragédia, está tudo muito intenso e preciso seguir com a minha carreira e você com a sua. Espero que um dia encontre a paz e saia desse mundo das trevas que você vive.
Além da carta, Omen tinha encontrado uma pasta com informações sobre as seitas e também um pó rosado em cima do móvel, que parecia muito com o que ele encontrou no peito de Phoenix. Omen gritou para que Cypher pesquisasse sobre a seita e que ele ia checar sobre o pó encontrado na casa.
Ao colocar o pó num produto especial, Omen percebeu que era o mesmo usado no corpo de Phoenix e Cypher descobriu que a seita na qual a ex namorada participava, era um tipo de adoração à uma imperatriz, na qual os participantes assassinavam as pessoas para obter as almas delas e nisso, o corpo era marcado pelo pó natural rosado em volta dos tiros, fazendo com que parecesse um sinal de um olho, que significava a morte por amor.
Pesquisando mais afundo, ele também descobriu algumas fotos e o nome da ex, que usava vários disfarces para surpreender suas vítimas. O nome dela era Reyna e ela já tinha matado outros dois homens de forma parecida. Sova ao ver as fotos, percebeu que se tratava da mesma mulher que tentou seduzí-lo uma vez, em um dos campeonatos de arco e flecha. Ele disse:
– Eu conheço, ela se apresentou para mim com o nome de Devorah, mas tinha cabelos curtos e loiros e não preto com rosa. Ela ainda me disse que trabalhava como modelo numa agência em Split, mas não deu mais informações a respeito. Como eu não tive interesse, deixei-a para trás.
Depois de descobrir todas as informações, eles decidiram encontrar Reyna, mas ao chegar na porta, eles perceberam que o carro dela estava estacionado em frente à casa. Eles tentaram se esconder, porém Reyna viu Sova pela janela. Reyna entrou na sala da casa e viu Cypher e Omen mexendo em suas coisas. Ela então questionou:
– O que estão fazendo na minha casa? Porque estão mexendo nas minhas coisas?
Omen respondeu:
– Sabemos que você é a assassina do Phoenix, sabemos que foi você que deixou sua marca no peito do nosso amigo e ainda tentou fazer com que parecesse um suícidio!
Reyna respondeu:
– Não sei do que estão falando!! Eu não matei ninguém!
Sova rebateu:
– Você já tentou se passar por outra pessoa para me conquistar e acabaria fazendo o mesmo comigo se eu tivesse mais sucesso na vida que você?
Nisso, Reyna que estava com as chaves do carro na mão, correu desesperadamente para fugir.
Os três foram atrás dela e deu início a uma perseguição. Reyna estava completamente fora de si, ainda mais por terem descoberto tudo sobre ela e sobre a seita que ela participava. Eles estavam numa estrada de terra, coberta por uma tempestade de areia típico na região de Bind, na qual mal enxergavam. Quando Reyna percebeu que eles estavam se aproximando, ela perdeu o controle do carro após passar por uma curva, e com isso o carro dela capotou 3 vezes e começou a pegar fogo.
Os três chegaram, Sova correu em direção dela, mas uma explosão tomou conta do lugar, fazendo com que Reyna morresse carbonizada.
Omen tentou ligar para o resgate, porém era tarde demais. Reyna pagou com sua própria morte todas as almas que foram roubadas dos corpos na qual ela matou.
Depois de desvendar toda essa história, Omen ofereceu um trabalho de investigador à Cypher, na agência na qual trabalhava. Eles também conseguiram acabar com a seita da qual Reyna participava e ainda ajudaram a polícia a prender mais pessoas que planejavam mais mortes na cidade. Sova, terminou seu curso e se tornou um grande chefe de cozinha e ainda continuava com seus trabalhos como arqueiro. Os pais de Phoenix receberam uma indenização e continuaram com a vida e as lembranças do filho querido.
E para celebrar o caso desvendado, Omen, Cypher e Sova decidiram ir até o túmulo de Phoenix e fazer uma homenagem com o diploma que a faculdade concedeu à ele, dizendo que ele tinha se tornado um grande chefe e que sua chama jamais se apagará.
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